Após a Segunda Guerra Mundial, no ano de 1948, a Tchecoslováquia ficou sob domínio da URSS, passando a ter um governo comunista. Em 1968, era desejo do país caminhar para a democracia. Sob a liderança de Alexander Dubcek — secretário do partido comunista da Tchecoslováquia —, foi introduzida uma série de reformas políticas e econômicas no país. A liberdade de expressão foi restaurada, presos políticos foram libertados e os sindicatos tornaram-se independentes do partido comunista. A ideia era instaurar no país um “socialismo com rosto humano”, que não tivesse relação com o totalitarismo e a opressão. O movimento, que tomou conta das ruas, ficou conhecido como “Primavera de Praga”.
A Tchecoslováquia era um país-satélite da URSS, e não demorou até que o governo soviético, sob a direção de Leonid Brejnev, tomasse medidas para conter o surto democrático na Tchecoslováquia. Inicialmente, foram enviadas tropas das nações participantes do Pacto de Varsóvia — Polônia, Hungria, Bulgária e RDA — para a fronteira do país. Embora ameaçados de invasão, os tchecos não se calaram. Na noite de 20 de agosto de 1968, tanques soviéticos e para-quedistas tomaram a cidade de Praga. Mesmo com a invasão, o povo tcheco continuou protestando em nome de sua liberdade, e muitos manifestantes foram presos.
Alexander Dubcek, o líder das reformas tchecas, para conter a situação, tentou fazer um acordo em Moscou para que as tropas fossem retiradas de Praga. O acordo foi aceito, as reformas cessaram e ele foi substituído por um presidente pró-soviético e, depois, expulso do partido. A tentativa de democratizar a Tchecoslováquia tinha sido esmagada, e começava um período de dura repressão.
Dubcek só voltou ao cenário político da Tchecoslováquia em 1989 (quase 20 anos depois), com a chamada “Revolução de Veludo”, um movimento pacífico de restauração democrática que levou à queda do regime comunista no país.
Bibliografia Consultada:1991: Fim do Pacto de Varsóvia
Primavera de Praga
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