O território em que hoje fica a
Croácia foi parte do Império Austro-Húngaro. Com a dissolução desse império, em
1918, a Croácia passou a fazer parte do Reino da Sérvia, Croácia e Eslovênia,
que abrangia, além dessas três regiões, a Bósnia-Herzegovina, Montenegro e a
Macedônia.
Esse reino se transformou, em
1929, no Reino da Iugoslávia. Entretanto, essa união abalou-se com a Segunda
Guerra Mundial: em 1941, cedendo à pressão dos nazistas, o príncipe regente,
Pavel, assinou um tratado com o Eixo. A
população descontente foi às ruas, e a confusão já estava armada.
Aproveitando-se da desordem interna, grupos nazistas, com o auxílio de tropas
húngaras, búlgaras e italianas, invadiram a Iugoslávia. E a Croácia? Como ficou
em tudo isso?
Os croatas, aproveitando-se da
invasão e dizendo serem oprimidos dentro do Reino da Iugoslávia, decidiram
proclamar a independência da Croácia. O poder foi entregue aos nacionalistas
croatas pró-nazistas, liderados por Ante Palevich, do Partido Ustacha. A
situação não poderia ser pior. Com uma política de purificação na Croácia,
governada pelos fascistas, iniciou-se uma perseguição étnica na região.
Milhares de sérvios foram assassinados, bem como judeus e ciganos (enviados
para campos de concentração). O Estado da Croácia ficou ainda maior com a
anexação da Bósnia-Herzegovina e da parte oeste da Sérvia.
Após uma dura resistência dos partisans, sob o
comando de Tito (Josip Broz), a Croácia foi libertada e passou a fazer parte da
República Popular Federal da Iugoslávia. Tito, que governou com mão firme e
manteve a Iugoslávia unida desde o final da Segunda Guerra, faleceu em 1980.
Não demorou até que ocorresse a desintegração do país.
Em 25 de junho de 1991, a
Croácia declarou sua independência, juntamente com a Eslovênia, mas,
diferentemente desta, logo enfrentou uma longa guerra: o conflito envolveu
facções croatas contra os sérvios, que invadiram o país apoiados pelo exército
iugoslavo. Em dezembro do mesmo ano, as forças de invasão já controlavam um
terço do território croata e, em 1992, as Nações Unidas dividiram a Croácia em quatro
áreas de proteção. Ainda nesse ano, o país se envolveu na Guerra da Bósnia,
apoiando os bósnio-croatas contra os bósnio-sérvios e bósnio-muçulmanos. O
conflito terminou em 1995, com a assinatura do Acordo de Dayton.
Foram duros os tempos após a
guerra: muitas cidades estavam destruídas, havia altos índices de desemprego,
entre outros fatores. Atualmente, a Croácia se recupera bem. O país abriu sua
economia e hoje faz parte da Organização Mundial do Comércio. Aos poucos, está
crescendo, e a inflação encontra-se sob controle. Pacificada, a Croácia voltou
a ser um grande destino turístico. No entanto, lutar contra a corrupção
continua sendo um de seus grandes desafios.